'Queria matar demais a Laís', disse presa por suspeita de ser mandante de homicídio em Sepetiba

  • 18/11/2025
Presa suspeita de mandar matar a jovem Laís em Sepetiba, no Rio, para ficar com a filha dela A Polícia do Rio interceptou mensagens que revelam que Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 21 anos, presa por suspeita de mandar matar Laís de Oliveira Gomes Pereira, em Sepetiba, já havia falado com o marido sobre a intenção de cometer o crime mais de um mês antes da execução. De acordo com o relatório do delegado Robinson Gomes que pediu a prisão temporária de Gabrielle, ela teria conversado com o marido no dia 29 de setembro deste ano: "Te falar: queria matar demais a Laís. Deus me livre", disse em uma das mensagens. No diálogo, seu marido, Lucas, responde que aquilo "nem vale a pena". Gabrielle responde com uma frase curta: "Vms ve” (Vamos ver)". Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, apontada pela polícia como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, em Sepetiba, se entregou nesta segunda-feira (17) Joilson Santana/TV Globo A vítima morreu 36 dias depois, no dia 4 de novembro, em Sepetiba, quando andava com o filho mais novo em um carro de brinquedo. Segundo as investigações, Gabrielle teria ordenado a morte por ser obcecada em possuir a guarda da filha mais velha de Laís. Para o Ministério Público e a Delegacia de Homicídios da Capital, não há dúvidas de que Gabrielle foi a mandante do crime, e a mensagem é um "indício inequívoco de intenção" : Mensagens de Gabrielle Cristina sobre a vontade de matar Laís, ex-mulher do atual marido. Vítima morreria dias depois Reprodução "A execução, de forma premeditada (disparos de arma de fogo em plena via pública, sem subtração de bens e com a placa da moto coberta), aponta para um crime de mando. Essa prova documental, aliada ao motivo passional, estabelece Gabrielle como mentora intelectual do assassinato", afirma a promotora Laíla Antonia Olinda de Magalhães. Polícia vai investigar estelionatos Mulher é morta a tiros enquanto empurrava carrinho com criança em Sepetiba, Zona Sudoeste do Rio A Polícia Civil vai investigar se Gabrielle participava de uma quadrilha envolvida com estelionatos. "A gente vai desmembrar essa investigação para investigar uma possível organização criminosa especializada no crime de estelionato", disse o delegado Robinson Gomes, responsável pela investigação, logo após Gabrielle se entregar na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na tarde de segunda-feira (17). No documento do Ministério Público que requer a prisão temporária de Gabrielle, a promotora Laíla Antonia Olinda afirma que Gabrielle, antes da morte da vítima, tinha histórico criminoso e uma "obsessão" com a filha de Laís: "A investigada já esteve envolvida com estelionato, tinha como hábito contar mentiras e tinha obsessão com Alice. Seu objetivo era ter a guarda da criança e pagava os alimentos e festas de aniversário", diz a promotoria. A Polícia Civil e o Ministério Público afirmaram ainda, em seus pedidos para a prisão temporária de Gabrielle, que ela teria dito a parentes e familiares que tinha tido uma filha que morreu seis meses depois. "A investigada ainda inventou para amigos e familiares uma história de que engravidou, mas a filha morreu de meningite e apresentou certidão de óbito, que se descobriu falsa", argumenta o MPRJ. Em depoimento no dia 4 de novembro, Gabrielle disse que deixava um cartão de crédito com Laís, já que a vítima teria o nome sujo. No entanto, disse não saber por qual motivo Laís teria sido morta, ou quem teria sido o mandante do crime. Suspeita de mandar matar jovem em Sepetiba para ficar com a filha dela é presa Gabrielle chegou à delegacia acompanhada de seu advogado, Diogo Macruz. Ela passou pelos jornalistas sem dar declarações. A defesa afirmou que a cliente nega ser a mandante. "Acredito que Gabrielle estaria entre os intermediários ali. Acredito que exista um outro ou uma outra mandante", disse Macruz. "Pretendo provar a inocência dela no judiciário. Mas ela fez questão de dizer que não conhece duas pessoas que estão nos autos." Procurado para falar sobre as investigações de outros crimes, o advogado afirmou que não teve acesso ao inquérito policial. O crime Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto foram presos por participação na morte de Lais. Reprodução TV Globo Gabrielle é apontada pela Delegacia de Homicídios da Capital como mandante do assassinato de Laís, ocorrido no dia 4. Segundo as investigações, o crime teria sido motivado por uma disputa pela guarda da filha da vítima, Alice, de 4 anos. Laís foi morta com um tiro na nuca enquanto empurrava o carrinho do filho mais novo, de 1 ano e 8 meses, na Travessa Santa Vitória, em Sepetiba. O bebê não ficou ferido. Para o delegado Robinson Gomes, o caso está "encerrado". "Os advogados fizeram contato com a gente na parte da manhã, falando da disposição dela de se entregar. O caso está encerrado. Não há dúvida que ela é mandante do crime pelas provas que a gente conseguiu coletar: através de depoimentos, provas de celulares, e a partir daí a gente vai pedir a prisão preventiva", disse o delegado. O delegado afirmou ainda que a investigação será desmembrada. "A gente vai desmembrar essa investigação para investigar uma possível organização criminosa especializada no crime de estelionato", pontuou Robinson. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 RJ no WhatsApp Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário entrou em silêncio na delegacia Joilson Santana/TV Globo Foragida Gabrielle estava foragida. O Disque Denúncia divulgou 2 cartazes com fotos da suspeita (veja abaixo) — um deles com o visual modificado, em que ela aparece morena e sem óculos. Os investigadores acreditam que ela tenha mudado a aparência para dificultar a prisão. Na sexta-feira (14), a polícia prendeu Ingrid Luiza da Silva Marques, apontada como intermediária entre Gabrielle e os dois executores do crime. Os dois homens contratados, Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto, foram presos e confessaram participação. Segundo os investigadores, Gabrielle teria oferecido cerca de R$ 20 mil pelo assassinato. Cartazes de Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário Divulgação/Disque Denúncia Troca de mensagens antes do crime A polícia identificou trocas de mensagens entre Gabrielle e Laís pouco antes do assassinato. Nos diálogos, a suspeita perguntava onde a vítima estava e para onde iria. Poucos minutos depois da conversa, Laís foi morta. Os investigadores apontam que a comunicação pode ter servido para monitorar os passos da vítima e repassar informações aos executores. Gabrielle é considerada pela polícia uma pessoa controladora e possessiva em relação à filha de Laís. Depoimentos de familiares e amigos da vítima indicam que ela exigia ser chamada de “mãe” pela enteada e que tinha comportamento de “obsessão” em relação à criança. Laís Pereira morreu em Sepetiba aos 25 anos de idade Reprodução

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/11/18/queria-matar-demais-a-lais-disse-presa-por-suspeita-de-ser-mandante-de-homicidio-em-sepetiba.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes