Mãe de corretor de imóveis morto pela namorada em Ribeirão Preto, SP, pede justiça em julgamento: 'Era um menino exemplar'
20/10/2025
(Foto: Reprodução) Começa julgamento de fotógrafa acusada de matar namorado em Ribeirão Preto
Mãe do corretor de imóveis Carlos Felipe Camargo da Silva, morto pela namorada em Ribeirão Preto (SP), Antônia Alice Camargo disse que acredita que a justiça será feita.
A fotógrafa Brenda Caroline Pereira Xavier é julgada nesta segunda-feira (20) pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e fraude processual.
"Esse foi um crime bárbaro de uma pessoa inocente. Meu filho era um menino exemplar. Eu acredito na nossa Justiça, estamos lutando e torcendo para que seja um exemplo para muitos, porque hoje em dia a vida está muito banal. Não se valoriza mais a vida como se valorizava antes", revelou Antônia.
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Carlos, de 29 anos, foi morto por Brenda com nove facadas na casa onde os dois viviam, no bairro Ribeirão Verde, zona Leste da cidade.
O crime aconteceu na noite de 3 de março de 2024. Três dias depois, Brenda se entregou à polícia, confessou o assassinato, mas alegou que agiu em legítima defesa. Ela está presa desde abril daquele ano.
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Carlos e Brenda mantinham um relacionamento há pouco menos de um ano quando o corretor de imóveis foi morto pela então namorada.
Natural de Praia Grande (SP), ele vivia em Ribeirão Preto há cerca de quatro anos e, segundo a família, se mudou para o interior de São Paulo para trabalhar e estudar. Carlos morava com Antônia e um irmão quando conheceu Brenda.
Antônia Alice Camargo, mãe do corretor de imóveis Carlos Felipe Camargo da Silva, morto pela namorada em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/EPTV
O crime
De acordo com a polícia, na noite do crime, Carlos foi até a casa da mãe e do irmão com os pertences e pediu para voltar a morar com a família após terminar com a namorada.
À polícia, o irmão do corretor contou que, em seguida, Brenda apareceu no local e chamou Carlos Felipe para conversar. Os dois falaram do lado de fora do imóvel por cerca de dez minutos.
Depois da conversa, o corretor de imóveis informou à família que ia reatar o namoro e voltar com Brenda para a casa onde viviam no Ribeirão Verde.
O irmão também disse à polícia que horas após o casal ir embora, recebeu uma ligação da mãe de Brenda dizendo que Carlos Felipe teria sofrido um acidente e morrido, mas sem explicar ou dar detalhes do que tinha acontecido.
Ao chegar à UPA Norte, para onde o corretor foi levado, ele foi informado que Carlos Felipe havia sido esfaqueado ao menos nove vezes.
Brenda Caroline Pereira Xavier é a principal suspeita de matar Carlos Felipe Camargo da Silva, ambos de 29 anos, em Ribeirão Preto (SP)
Reprodução/Redes Sociais
De acordo com o boletim de ocorrência, na casa onde o corretor vivia com Brenda, a polícia constatou a presença de sangue em diferentes cômodos, inclusive em um dos quartos em que a mobília estava quebrada.
O imóvel ainda estava molhado, aparentando ter sido lavado, o que, segundo as investigações, indicaria a tentativa de mascarar a cena do crime. A faca utilizada para matar o corretor foi encontrada posteriormente e apreendida.
Três dias após a morte de Carlos, Brenda compareceu à delegacia para prestar depoimento. Ela alegou ter agido em legítima defesa, foi ouvida e liberada. Um mês depois, foi presa.
No dia 17 de setembro de 2024, uma decisão da 2ª Vara do Júri e das Execuções definiu que Brenda Xavier iria a júri popular pela morte do namorado.
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